Raquel de Queiroz
A marca Raquel de Queiroz joias
foi idealizada em 2016 e registrada como empresa em 2017, a primeira exposição
sendo realizada no mesmo ano, em Portugal, na cidade do Porto.
Raquel cria joias diferenciadas,
sempre produzidas com gemas e materiais da biodiversidade brasileira: “Conheço
as gemas brasileiras desde criança e como gosto de desenho resolvi unir as duas
coisas e estudei desenho de joias, mas, como também gosto de inovar e pesquisar,
comecei a utilizar outros materiais.”
Na sua primeira exposição, na
cidade do Porto, o tema era “joias que contam histórias”: Percebi que a
motivação para criar uma joia era um campo a ser explorado, já que cada joia
tem de fato uma história. Já durante minha segunda exposição internacional, em
Munique, visitando museus, vi muitas joias antigas e a maioria eram masculinas.
A partir de então, fiz uma pesquisa em joias masculinas e vi que bem poucos
homens usavam joias e quando usavam não tinham gemas, o que é algo estranho,
pois as gemas não têm gênero. Desenvolvi algumas joias que mais tarde foram
analisadas por uma curadoria e elas foram classificadas sem gênero, percebendo
que minhas criações são joias que seguem uma tendência mundial.
No final de 2020, foi convidada a participar de um projeto na Espanha, cujo nome é Proyecto denisova, iniciativa artística para difundir a incrível história da joalheria, com desenhos de nossos antecessores interpretados por artistas atuais: Sendo a única brasileira, até o momento, a participar, escolhi uma joia de que tive notícia num artigo de 2012, quando da abertura dos túmulos do Imperador Dom Pedro I e de suas esposas, a Imperatriz Leopoldina e a Imperatriz Amélia.
Me chamou a atenção o fato de terem achado uns brincos que não estavam catalogados nas joias da Imperatriz Leopoldina. Esses brincos, atualmente no Museu da Cidade de São Paulo, são em ouro com âmbar e, provavelmente, a Imperatriz os trouxe da Áustria. Ela gostava de estudar ciências naturais e um dos assuntos que lhe interessavam muito era justamente a mineralogia. Então, fiz, como homenagem a ela, uma releitura, com esmeraldas e pequenos diamantes, usando a esmeralda para lembrar a bandeira brasileira, afinal a Imperatriz amou o Brasil como sua segunda pátria.
